Mulher tem cabelo cortado e mão baleada em JP; ex-companheiro é suspeito
Principal suspeito de ter cometido o crime é seu ex-companheiro; a vítima nega
Se você contar até sete, terá passado tempo suficiente para uma mulher
ser agredida no Brasil. No total, são aproximadamente 500 agressões por
hora no país que mais mata mulheres no mundo, segundo dados do
Datafolha. E na Paraíba, não é diferente. Após uma mulher ser
assassinada e duas agredidas em menos de seis horas, no último domingo
(25), uma jovem foi vítima de um crime que por pouco não tirou sua vida.
A mulher de 20 anos teve os cabelos arrancados com um estilete e ainda
levou um tiro na mão. O principal suspeito é o ex-companheiro dela. Comente no fim da matéria.De
acordo com a Delegacia de Homicídios da Polícia Civil foi recebida uma
denúncia junto ao Centro Integrado de Operações Policiais (Ciop) que uma
mulher havia sido agredida na cabeça, mais especificamente teria seu
cabelo cortado com um estilete. A jovem ainda foi baleada na mão e se
encontrava no Hospital de Emergência e Trauma Humberto Lucena. A ligação
do Ciop denunciava o ex-companheiro da vítima como principal suspeito.
Porém, ao averiguar a ocorrência, a vítima negou que havia sido
espancada pelo ex-marido e relatou que as agressões poderiam ter relação
com rixas entre facções criminosas.
As duas versões da história
foram registradas pelo delegado Pedro Ivo, que prometeu instaurar um
inquérito de investigação. “Isso foi anotado, foi colocado no boletim de
ocorrência e será apurado com riqueza de detalhes pela autoridade
policial que irá presidir essa investigação, com objetivo de saber se,
de fato, essa informação foi correta ou não. A gente sabe que se foi
algo relacionado a violência doméstica é muito comum que haja essa
alteração dos fatos, muitas vezes por pressão de familiares ou algo do
tipo”, constatou o delegado.
Medo de denunciar
A
situação da jovem agredida não é muito diferente da maioria. Muitas
mulheres não denunciam seus agressores com medo de sofrer represálias.
De acordo com pesquisa do Datafolha realizada no ano de 2016, 20,3% das
mulheres que são vítimas de violência doméstica não denunciam seus
agressores. Entretanto, desde a criação da Lei Maria da Penha, no ano de
2006, esse número está em decadência. A lei, que foi vista como marco
pela Organização das Nações Unidas (Onu), estabelece como crime a
violência doméstica. Ainda segundo o estudo do Datafolha, o número de
denúncias após o surgimento da legislação específica aumentou 600%, isto
porque, as vítimas passaram a ter mais certeza de que seus agressores
serão enquadrados criminalmente e pagaram pelos crimes na cadeia.
Da Redação com Portal Correio
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