A
defesa do presidente Michel Temer entrou, nesta segunda-feira (19), com
uma ação na Justiça Federal em Brasília contra o empresário Joesley
Batista, dono da JBS.
Na ação, Temer pede que o empresário seja condenado pelo crimes de calúnia, difamação e injúria.
A ação foi movida após a entrevista do empresário à revista Época, publicada nesse fim de semana.
Segundo a defesa, a entrevista foi “desrespeitosa e leviana”, além de ofensiva à pessoa do presidente.
Para os advogados, as declarações de Joesley levam a sociedade a questionar a honradez de Temer.
“Na
verdade, todos sabem o real objetivo do querelado [Joesley] em mentir e
acusar o querelante [Temer], atual presidente da República: obter
perdão dos inúmeros crimes que cometeu, por meio de um generoso acordo
de delação premiada que o mantenha livre de qualquer acusação, vivendo
fora do país com um substancial (e suspeito) patrimônio.”, diz trecho da
petição.
No fim de semana, após a
publicação da reportagem, o presidente divulgou nota na qual disse que
Joesley “desfia mentiras em série” e que o empresário é o “bandido
notório de maior sucesso na história brasileira”.
A ação será julgada pelo juiz federal Marcos Vinícius Reis Bastos, da 12ª Vara Federal em Brasília
Danos morais
Após
dar entrada com ação na esfera criminal, a defesa do presidente Temer
também entrou com ação cível na Justiça do Distrito Federal.
Os advogados também pedem que Joesley seja condenado ao pagamento em danos morais causados à imagem do presidente.
O valor não foi solicitado pela defesa e deverá ser decidido pela Justiça em caso de condenação.
“A
imagem e honorabilidade do autor [Temer] foram extremamente atingidas
pelas levianas acusações direcionadas pelo requerido [Joesley] as quais,
no mínimo, colocaram em dúvida a credibilidade e idoneidade do autor
como presidente da República e cidadão. Indiscutível, portanto, que o
autor sofreu dano moral”, argumenta a defesa.
Da Redação com Agência Brasil
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