terça-feira, 12 de dezembro de 2017

“Tive que aplicar remédio amargo”, diz prefeito do Sertão sobre exoneração em massa

“Tive que aplicar remédio amargo”, diz prefeito do Sertão sobre exoneração em massa
O prefeito de Cajazeiras, uma das maiores cidades do Sertão da Paraíba, José Aldemir Meirelles (PP) desabafou sobre recente decisão de exonerar todos os servidores comissionados da gestão municipal, deixando todos sem o pagamento do sonhado 13º salário, pago ao final de cada ano.
“Nós com muitas dificuldades vamos pagar as contas da prefeitura. Eu tive que tomar essa atitude, aplicar um remédio amargo a toda população, aos funcionários, mas eu comecei cortando na carne entre nós mesmos. Eu não posso reduzir salário de prefeito nem de vice-prefeito nem de secretários porque iria infringir a lei, mas eu consegui convencer que deveríamos dar uma contribuição e elaboramos um documento prescrito por todos concedendo a doação do prefeito, do vice e dos auxiliares de 20% do salário líquido para ajudar nessa crise por que estamos passando. Mandei reduzir 30% de todas as gratificações dos efetivos, comissionados, contratados. Mandei reduzir 30% do consumo de combustível. Eu não estou pagando diária a ninguém”, disse.
Aldemir contou um episódio recente que teve que tirar do próprio bolso a quantia de R$ 8 mil só para poder pagar as viagens até Brasília a fim de buscar recursos para a cidade.
“Eu não estou pagando diária a ninguém. Até eu fui para Brasília já três viagens consecutivas e não estou recebendo diária. Estou pagando tudo do meu bolso, o custeio das minhas viagens. Nessas três viagens não gastei menos que oito mil reais e foi tudo pago por mim, mesmo tendo direito de diária. Eu abdiquei disso. Eu reduzi tudo em todas as áreas. Eu precisei tomar medidas. Exonerei todos os cargos comissionados e todos os contratados porque tenho obrigações a cumprir”, disse.
O prefeito contou que se tivesse mantido todos os comissionados na função teria que pagar salário de dezembro e 13º e as exonerações ocorreram justamente para que a prefeitura não tivesse que pagar o mês de dezembro.
“No dia 30 de novembro baixei um decreto em que todos os cargos comissionados, indistintamente, todos os funcionários contratados durante o período de dezembro, porque tenho obrigação de pagar o 13º, mas se eu mantivesse todo o pessoal na função eu iria ter que pagar o salário de dezembro mais o 13º, e a prefeitura não tinha condições. Cargo comissionado é cargo político. Então a gente tá no mesmo barco, na mesma equipe, a gente precisa ter sensibilidade e solidariedade e saber reconhecer o momento que a gente contribuiu”, arrematou.

Da Redação com PB Agora

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