No eixo Leste, são 34 quilômetros de transposição da cidade de Custódia, em Pernambuco, até a cidade Monteiro. Já no eixo Norte, o canal que liga as cidades de Cabrobó, no Sertão pernambucano, e Monte Horebe, São José de Piranhas e Cajazeiras tem 81 quilômetros. As águas do Rio São Francisco devem beneficiar cerca de 12 milhões de pessoas, nos estados de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. Segundo o Secretário de Infraestrutura da Paraíba, João Azevedo, a transposição garantirá o sonho de segurança hídrica. “Essa água chegando a Paraíba, efetivamente nós vamos começar a solucionar os maiores problemas que nós temos aqui, de segurança hídrica”, disse ele.
No eixo Leste, a água da transposição passará pelos rios do Cariri e Agreste enchendo o açude Poções, em Monteiro, Epitácio Pessoa, em Boqueirão, e a barragem de Acauã, em Itatuba. A água chegará por meio de canais e túneis subterrâneos. “Parte dessa água do eixo Leste também será distribuída para toda a região do Cariri, num reforço para todos os sistemas de adutoras, que já existem implantados no estado, e através do sistema adutor da Borborema, que está em fase de projeto. Nós vamos ter a possibilidade de levar água até a região do Curimataú”, acrescentou João Azevedo.
No eixo Norte, a água chegará na Paraíba pela barragem de Caiçara e seguirá para o açude Engenheiro Ávidos, em Cajazeiras, e em seguida para o açude São Gonçalo e Rio Piranhas, chegando ao estado do Rio Grande do Norte, onde terá outras distribuições. A Paraíba conseguiu a aprovação de uma entrada no eixo Norte para o açude de Condado, na cidade de Conceição, no Sertão.
Segundo o Ministério, em todo o Nordeste, o projeto de transposição do Rio São Francisco emprega diretamente cerca de 10 mil pessoas, tendo cera de 477 quilômetros, atingindo 27 reservatórios, 14 aquedutos, nove estações de bombeamento e quatro túneis. Para muitos paraibanos, a transposição das águas do Rio São Francisco é única solução para a seca que assola o estado. “Não vai ter de onde vir outra água não. A esperança é essa obra ser concluída para a gente ter água a vontade”, disse o comerciante Antônio Alves.
Redação com G1
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