Os
funcionários dos Correios da Federação Interestadual dos Sindicatos dos
trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (Findect) farão assembleias
amanhã (26) para decidir se aceitam propostas do acordo coletivo para o
biênio 2017/18 negociados na última sexta-feira (22).
A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e
Telégrafos e Similares (Fentect) entrou em greve na última sexta-feira
(22). Os Correios propõem o reajuste de salário de 3% a partir de
janeiro do próximo ano.
A Findect é formada pelos servidores dos estados de São Paulo, Rio de
Janeiro, Tocantins e Maranhão. Segundo a Federação, os quatro estados
correspondem por 75% do fluxo postal do país e detém cerca de 40% do
quadro de funcionários da empresa.
Já a Fentect, responde pelos demais estados do Brasil. A federação, que
detém 60% do quadro de funcionários e movimenta cerca de 25% do fluxo
postal do país, decidiu entrar em greve “antes do final das
negociações”, segundo os Correios.
Por meio de nota, a empresa lamentaram a iniciativa da Fentect de entrar
em greve, tendo em vista as dificuldades econômicas que atravessa.
“A Fentect iniciou a paralisação nas bases de seus sindicatos filiados
antes do fim das negociações. Essa atitude coloca em risco não apenas a
qualidade dos serviços prestados pelos Correios aos clientes e à
população brasileira, mas também prejudica o esforço de todos os
empregados que, ao longo deste ano, trabalharam para reverter a situação
financeira da empresa”.
A Fentec, por sua vez, alega que a empresa não apresentou uma proposta e
que espera a mediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Em nota, a
federação se posicionou.
“Além da falta de comunicação formal por parte dos gestores da estatal,
vale destacar que a proposta genérica à outra federação [Findect],
viralizada [nas redes sociais], não possui minuta e valor legal. Ainda é
de causar estranheza à categoria que os Correios apresentem uma
proposta à Findect, federação não regularizada oficialmente no
Ministério do Trabalho”.
Por meio da assessoria, a Findect disse que ainda há negociações em curso.
“Os Correios apresentaram uma proposta de reajuste salarial de 3%, mas
só em janeiro do próximo ano. Nós queremos o aumento retroativo à
data-base referente a agosto de 2017”. A assessoria da federação disse
que "não é desejo" da Findect que haja uma greve. “Sabemos que a empresa
passa por um momento econômico difícil, não queremos greve, queremos
ser atendidos” acrescentou.
Na assembleia, agendada para amanhã, será apresentada aos sindicatos a proposta da empresa.
O serviço de correios e telégrafos tem mais 350 anos no Brasil e é garantido na Constituição.
Da Redação com Agência Brasil
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